Tailândia

A chegada

Voamos de Siem Reap para Bangkok, o voo tem mais ou menos 01:20hrs de duração. A Tailândia não exige visto para brasileiros que forem ficar até 90 dias no país, apenas a apresentação do Certificado Internacional de Vacinação (CIVP), emitido pela Anvisa, em que conste imunização válida contra a febre amarela.

1º destino

Bangkok

O Hotel

Nos hospedamos por três noites no Mandarin Oriental, o primeiro hotel de Bangkok é ainda, na opinião de muitos, o melhor. Com quase 150 anos, gastronomia e serviço impecáveis, teve seus 393 quartos completamente renovados em 2019.

Vou começar com o ponto negativo, o check-in e check-out demoraram demais, em torno de uma hora cada um. Tirando isso, nossa estadia foi maravilhosa do começo ao fim.

Mesmo na primeira categoria - Deluxe Premier Room - os quartos são super espaçosos e confortáveis, assim como os banheiros. A decoração, tanto nos quartos quanto no hotel como um todo, mistura influências orientais e ocidentais, de forma maximalista, com obras de arte e artesanato tailandeses.

Perfeitamente posicionado às margens do rio Chao Phraya, a localização do hotel dificilmente poderia ser melhor. Essa parte da cidade foi recentemente renomeada como distrito criativo, embora a cidade inteira seja um caldeirão de criatividade, tudo junto e misturado.

• Estrutura: As extensas instalações do hotel estão espalhadas em ambos os lados do rio Chao Phraya - um barco do próprio hotel o transportará até o outro lado - e incluem o maravilhoso Spa Mandarin, um estúdio de pedicure de Bastien Gonzales, uma academia 24 horas, um estúdio de boxe, duas piscinas ao ar livre (que ficam no corpo principal do hotel) e lindos jardins tropicais.
• Restaurantes: São necessários alguns dias para esgotar as opções de restaurantes dentro do próprio hotel. São 10 restaurantes, uma pâtisserie, um salão de chá e um bar. 

Com duas estrelas Michelin e um chef celebridade, o Le Normandie de Alain Roux é o carro-chefe do hotel, servindo alta gastronomia francesa com toques tailandeses. Infelizmente não fizemos reserva com antecedência e mesmo estando no hotel não conseguimos lugar para jantar lá.

O Kinu de Takagi, com uma estrela Michelin, serve menu degustação omakase em uma sala com apenas 10 lugares; o Baan Phraya possui uma sofisticada culinária tailandesa dentro de uma casa tradicional tailandesa com 100 anos, localizada do outro lado do rio; o Ciao Terrazza à beira-mar tem pizzas excelentes. O Riverside Terrace é onde além de restaurante, fica o  melhor café da manhã de hotel que já comi; um buffet enorme com várias estações, que oferece desde noodles tailandeses e dim sum chinês até ovos mexidos e frutas da estação.

Almoçamos um dia no Verandah, restaurante internacional do hotel que conta com um ótimo menu Thai e abre tanto no almoço quanto no jantar, e comi um Pad Thai maravilhoso. Todas as noites fomos ao Bamboo Bar antes ou após o jantar, número 46 na lista Asia's 50 Best Bars, o bar histórico inaugurado em 1953 tem jazz ao vivo, serviço impecável, ótimos drinks e decoração maximalista com estampas de tigre, móveis de bambu e clima exótico.

• Serviço: O serviço do hotel é impecável, grande parte do staff trabalha lá há muitos anos e estão prontos para atender todo o tipo de pedido, da forma mais gentil possível.

To Go

Para visitar

Grand Palace/ Wat Phra Kaew/ Wat Pho

Após um café da manhã maravilhoso, começamos nosso primeiro dia em direção ao Grand Palace e Wat Phra Kaew.

Saímos do hotel de barco pelo rio Chao Phraya e fizemos um tour pelos klongs de Thonburi em que pudemos ver um pouco da arquitetura da cidade e pequenas comunidades residenciais. Após o passeio pelos canais, seguimos para o Grand Palace.

O Grand Palace é um palácio impressionante, com arquitetura super ornamentada, colunas douradas e paredes adornadas com murais pintados à mão, retratando cenas épicas da mitologia tailandesa e histórias antigas. O Palácio foi a residência oficial do rei da Tailândia entre os séculos XVIII e XX, construído em 1782 pelo rei Rama I. Hoje em dia o palácio não é mais a residência oficial do rei, mas ainda é usado para cerimônias religiosas e oficiais do governo.

O Wat Phra Kaew, localizado dentro do complexo do Grand Palace, é um templo sagrado que abriga o Buda de Esmeralda, uma estátua sagrada esculpida em jade verde intenso, é a estátua do Buda mais venerada e reverenciada da Tailândia.

Dentro do complexo do Grand Palace está o  Buda Reclinado de Wat Pho, uma impressionante estátua deitada com 46 metros de comprimento e 15 metros de altura. Sua figura é coberta por folhas de ouro e os pés são decorados com desenhos sagrados. Para visitá-lo, precisamos pegar um tuk tuk que nos levou até a entrada do templo, apesar de ficar no mesmo complexo do Grand Palace, as entradas são diferentes e é preciso comprar outro ingresso para essa parte.

Obs: Para entrar nos templos é necessário cobrir joelhos e ombros, não é permitida a entrada com o corpo descoberto. 

Fomos em janeiro e o calor já estava insuportável, além de úmido. Após o Grand Palace estava programado para visitarmos Wat Arun, o Templo do Amanhecer, mas toda a família estava passando mal com o clima e resolvemos passar na frente de barco pelo rio Chao Phraya e vermos de fora. Voltamos para o hotel para almoçar e passamos a tarde na piscina. Recomendo sair o mais cedo possível para os passeios, as visitas são longas e o calor vai ficando muito intenso.

Queen Sirikit Museum of Textiles

Antes de visitarmos o Buda Reclinado, fomos ao Queen Sirikit Museum of Textiles, também dentro do complexo do Grand Palace. O museu,  é um tesouro cultural que celebra a rica história têxtil da Tailândia. Nomeado em homenagem à rainha Sirikit, o museu exibe uma impressionante coleção de têxteis tradicionais e contemporâneos, incluindo trajes reais, vestimentas cerimoniais e tecidos artesanais. As exposições bem curadas oferecem uma visão fascinante das técnicas de tecelagem e bordado tailandesas, bem como a importância cultural desses têxteis. Imperdível para quem ama arte, moda e a história da Tailândia.

Chinatown

Chinatown em Bangkok é uma vibrante e movimentada área que oferece uma experiência autêntica e multicultural. Também conhecido como Yaowarat, é um labirinto de ruas estreitas repleto de lojas, restaurantes, mercados e templos, todos com uma atmosfera única onde a cultura tailandesa e chinesa se fundem.

O que fazer por lá:

- Explorar o Mercado de Talat Mai: Este mercado é um verdadeiro paraíso para os amantes de comida. Com barracas repletas de iguarias deliciosas, desde comida de rua tradicional tailandesa até pratos chineses autênticos, é uma experiência gastronômica imperdível.

- Caminhar pela Yaowarat Road: Essa é a principal rua de Chinatown e é um festival visual e sensorial. Explore as lojas, barracas de rua e edifícios históricos enquanto se maravilha com as cores e os aromas ao seu redor.

- Provar a comida de rua: Aproveite a oportunidade para experimentar iguarias deliciosas. Um passeio muito legal que não fizemos e eu queria muito ter feito é o Guia Michelin Street Food Tour de Tuk Tuk.

Mercado do Trem

 No segundo dia, acordamos bem cedo e saímos no hotel às 07:00 da manhã em direção ao mercado flutuante que fica a uma hora e meia de carro de Bangkok. no meio do caminho paramos para conhecer também o mercado do trem, um dos lugares mais loucos que já conheci. 

O Mercado do Trem em Bangkok, também conhecido como Maeklong Railway Market, é uma atração que oferece uma experiência única aos visitantes. O que torna esse mercado tão interessante é o fato de que ele é construído em torno de uma linha ferroviária ativa.

Ao longo do dia, várias vezes, o trem passa bem no meio do mercado, fazendo com que os comerciantes tenham que rapidamente recolher suas barracas e produtos para abrir caminho para o trem. É uma cena impressionante de se ver, pois os vendedores agilmente recolhem suas mercadorias em segundos. Assim que o trem passa, tudo volta ao normal, e o mercado continua a prosperar com uma variedade de produtos, desde frutas frescas e vegetais até roupas e souvenirs.

Mercado Flutuante

O Mercado Flutuante de Damnoen Saduak, localizado a cerca de 100 km de Bangkok, é um destino turístico popular que preserva a tradição dos mercados flutuantes na Tailândia.

Localizado ao longo dos canais (klongs) da cidade, o mercado é composto por barcos que vendem uma variedade de produtos frescos, artesanatos e comida.

Os barcos estão repletos de frutas coloridas, vegetais frescos, especiarias exóticas e pratos típicos tailandeses preparados na hora. É uma festa para os sentidos, com os aromas e as cores vibrantes, criando um cenário animado e movimentado.

Os vendedores, vestidos com roupas tradicionais, se comunicam com os clientes com uma mistura de simpatia e entusiasmo, tornando a experiência ainda mais envolvente. Os visitantes têm a oportunidade de negociar os preços e experimentar pratos locais autênticos.

Jim Thompson House

 Jim Thompson foi um empresário e colecionador de arte norte americano que se apaixonou pela cultura tailandesa durante sua estadia na Tailândia após a Segunda Guerra Mundial. Ele é conhecido por revitalizar a indústria da seda tailandesa e por difundi-la no ocidente. Além disso, Jim Thompson era um entusiasta da arte asiática e construiu uma impressionante coleção de artefatos e antiguidades.

Ele desapareceu misteriosamente em 1967 durante uma viagem à Malásia e a causa de seu desaparecimento permanece sem respostas até hoje.

Conhecer a casa de JT em Bangkok era um sonho antigo, é uma residência histórica com uma mistura de arquitetura tradicional tailandesa e estilo ocidental, com estruturas de madeira escura entalhada e jardins exuberantes. O interior é decorado com peças de arte asiática, antiguidades e uma extensa coleção de sedas tailandesas, refletindo o amor de Thompson pela cultura e artesanato locais. 

Esse e o museu Queen Sirikit foram meus passeios preferidos em Bangkok. Imperdíveis para quem ama moda e decoração.

To Eat

Bares e restaurantes

• Nahm:
• Raan Jay Fai
• Sra Bua by Kiin Kiin
• Zuma
• Suhring
• Baan PhadThai
• Le Normandie
• Thip Samai Pad Thai
• Verandah
• Sky Bar

To Buy

Shopping

 Bangkok tem muitos shoppings, mas os preços não são atrativos comparados aos Estados Unidos e Europa, além do mais, o que eu acho mais legal são os produtos étnicos locais vendidos nos países asiáticos e não as grandes marcas europeias que vemos em todos os lugares.

 Acabamos indo em dois shoppings em Bangkok, em nossa primeira noite, jantamos no hotel e depois fomos conhecer o Icon Siam que fica em frente ao Mandarin, do lado oposto do rio e em nosso último dia, voltando para o hotel após a visita à casa do Jim Thompson, paramos no Siam Paragon para conhecer.

 Ambos são enormes e com muitas lojas boas. O Siam Paragon tem uma praça de alimentação muito legal, com muitos restaurantes Thai e carrinhos como se fossem de street food. Achei bem interessante para provar as comidas e ver como é o consumo e varejo local.

• Siam Paragon
• Icon Siam 

2º destino

Koh Yao Noi

 Nosso segundo destino na Tailândia e o último da viagem foi a ilha de Koh Yao Noi, localizada entre Krabi e Phuket e  muito próxima de Koh Phi Phi.

 Para chegar lá voamos de Bangkok para Phuket em um voo de aproximadamente 01:30 hrs. Chegando ao aeroporto internacional de Phuket, uma representante do Six Senses Yao Noi estava nos esperando no desembarque para nos levar até o transfer com duração de 30 minutos até a Ao Po Grand Marina. Lá, pegamos um speedboat que nos levou até o hotel. O trajeto de barco em si já é um passeio lindo e dura 45 minutos.

O Hotel

• Estrutura: Localizado em Koh Yao Noi, uma ilha tranquila a meio caminho entre Krabi e Phuket no meio da baía de Phang Nga. Virado para o leste, o resort se espalha por uma encosta coberta de selva com vista para um conjunto de formações rochosas de calcário - vale a pena programar o despertador para às 6h da manhã pelo menos uma manhã para ver o sol nascendo atrás delas.

 O estilo do hotel é a epítome do barefoot luxury, borboletas coloridas e pássaros tropicais voam por entre a exuberante floresta tropical nativa. Caminhos de pedra passam pela  vegetação levando os hóspedes a restaurantes rústico-chiques, hortas orgânicas e até um galinheiro. 

Cada hóspede fica hospedado em sua própria vila, com piscina privativa, cadeiras de sol e varanda ao ar livre. O quarto todo em madeira e telhado de palha possui cama com dossel, sofás coloridos laranja e verde, banheira com vista, chuveiros indoor e outdoor, escrivaninha e closet. Na primeira categoria, a que ficamos, as vilas possuem vista para a mata, mas há quartos com vista de tirar o fôlego para a baía, além de categorias superiores com vilas de mais de um andar e até 5 quartos. Além disso, tudo no quarto pode ser personalizado de acordo com o gosto do hóspede. No check-in recebemos um formulário para preencher com nossas preferências que iam desde fragrâncias para o ambiente até um menu de travesseiros, entre outras coisas como máscara de dormir e etc.

 A melhor parte do hotel é sem dúvidas a piscina de borda infinita localizada no hilltop, chegar lá e ver a vista foi emocionante. Há também uma praia privativa para os hóspedes onde é possível, além de tomar sol, alugar pranchas de stand-up paddle, caiaques e pranchas de windsurf. 

 O hotel ainda possui academia e aulas de yoga diárias gratuitas, além do melhor spa da região com uma extensa lista de tratamentos.

  Duas vezes na semana, eles organizam um cinema sob as estrelas com filmes para toda a família, além de outras programações complementares como pintura de Batiks, um tecido local.

• Programações: Além das mencionadas acima, o hotel oferece também uma série de atividades complementares, aulas de ski aquático e wakeboard, aulas de muay thai, snorkel, trilhas de mountain bike e algumas opções de passeios de barco.       Esses passeios podem ser feitos em longtail, barco tradicional tailandes ou em speedboat, vai depender do itinerário escolhido e a quantidade de pessoas. Nós fizemos um passeio de um dia em speedboat pelas ilhas Phi Phi e arredores e foi maravilhoso, um dia inesquecível. No restante dos dias, ficamos curtindo o hotel, mas eu faria também o passeio para a ilha do james bond em longtail se tivéssemos ficado mais um dia. 
•  Serviço: Impecável como em todos os Six Senses. Cada vila tem seu próprio GEM (guest experience manager), ele ia até nossa mesa todos os dias no café da manhã e no jantar, além de passar na piscina no meio da tarde ou onde quer que estivéssemos, para ver se havia algo que gostaríamos de agendar para fazer no hotel.
• Restaurantes: O hotel possui 4 restaurantes além da possibilidade de programar uma refeição privativa dentro de sua própria vila, desde café da manhã até picnic e jantar sob as estrelas. As refeições em qualquer um dos restaurantes, assim como os passeios, precisam ser agendadas com o GEM.

The Den - Tapas asiáticos e ocidentais e ótimos drinks em um ambiente lindo e descontraído.

The Hilltop - Ocidental contemporâneo, abre no almoço com um menu mais leve e informal que pode ser servido na piscina, ou no jantar com pratos mais elaborados em uma mesa com vista para Phang Nga Bay.

Living Room - Com um buffet maravilhoso no café da manhã com opções orientais e ocidentais; almoço descontraído ou jantar com opções de pratos feitos no grill ou wok. Lá também fica uma pâtisserie e uma Deli, abertas o dia todo.

Dining Room - Culinária tradicional tailandesa.

• Sustentabilidade: Não poderia finalizar este post sem mencionar o compromisso do Six Senses com a sustentabilidade. A rede de hotéis foi fundada em 1995 com a missão de promover práticas responsáveis no setor de hospitalidade de alto nível, com empreendimentos inovadores que ressaltam a beleza natural de seus locais. 

O Six Senses Yao Noi tem uma premissa farm to table, tudo é produzido localmente de forma orgânica, e chegam à mesa frescos e com a melhor qualidade.

 Além disso, há a Política de Sustentabilidade Ambiental e Social focada na eficiência energética, gestão de água e resíduos, compromisso social, proteção do ambiente natural, controle da qualidade do ar e do ruído.